terça-feira, 1 de setembro de 2009

Quem vai escrever minha autobiografia?

Sábado de manhã, toca o telefone e um tal Roberto me faz a proposta inusitada:

- Leo Cunha? Eu quero que você escreva a minha autobiografia.

Minha primeira reação é uma risada. Será que eu tinha escutado bem?
- Desculpa, o que foi que você disse?
- É isso mesmo, Leo Cunha. Eu quero convidar você para escrever minha autobiografia.
A voz era tímida, mas decidida. Parecia ter preparado muito para a ocasião. Depois da surpresa inicial, me esforcei para não ser indelicado.

- Escute, meu amigo: se eu escrever, não vai ser autobiografia.

- Perfeito, perfeito. A bem da verdade, eu poderia escrevê-la eu mesmo, mas vou direto ao cerne da questão: eu não possuo nenhum contato, a nível de editoras sua na televisão, vi que você tem livros em varias editoras. Isto posto...

Isto posto. A nível de. Cerne da questão. Ele estava caprichando. Queria passar boa impressão. Um dicionário do lado telefone, talvez.

- Olha, meu amigo – expliquei com calma. – Eu ando tão apertado que não tenho tempo nem para minhas próprias histórias. Infelizmente, não vou poder aceitar, não.

- Então já sei, Leo cunha. Como você não tem tempo, eu escrevo a historia e você só assina, como autor!

O buraco estava aumentando. E, pra dizer a verdade, eu estava começando a me incomodar com ele me chamando de Leo Cunha pra lá e pra cá, em vez de simplesmente Leo.

Ele insistindo:

- Por favor, não jogue uma pá de cal em cima do meu grande sonho, Leo Cunha. A historia da minha vida é repleta de momentos emocionantes, tocantes, além de peripécias muito divertidas. Eu juro, Leo Cunha. Se você escrevesse, ou pelo menos assinasse, seria uma maneira de otimizar a minha vida. Estou convicto de que, juntos, nós faremos um best-seller.

Percebi que minha única saída era ser óbvio:

- Escute aqui, rapaz. Eu não sei de onde você tirou essa idéia, ou quem pôs essa a idéia na sua cabeça. Mas é uma coisa absolutamente antiética. Você não percebe?

- Mas tem escritor que faz isso.

- Se tem, eu não conheço.

Ele ficou mudo alguns instantes, depois mudou de tática.

- Agora entendi a sua preocupação. Você deve estar pensando que eu vou te processar por plagio depois que o livro for publicado.

Aí já era demais pra minha paciência! Bati o telefone e avisei pra todo mundo que, se ligassem, eu não estava em casa. É cada um que aparece...

Mas sabe que agora, depois de alguns dias, me bateu uma pena do tal Roberto? Imagine a carência do sujeito, o desespero, a busca ansiosa por alguém que queira – senão escrever- ao menos escutar a história de sua vida.

Espero, sinceramente, que o Roberto crie coragem pra encarar sua autobiografia. Garanto que compro o livro peço autógrafo. E mais: se ele contar esse episódio, prometo que não o processo por plágio.

A matemática e os mendigos

Para convencer o marido a abandonar o vício, dona Marta fez tudo. Tomou até aulas particulares de matemática e estatística. Quando falou a frase fatídica, “Precisamos ter uma conversa séria”, ela já estava se sentindo expert em análise combinatória e cálculos de probabilidade.

Começou de leve:
- Meu bem, você já calculou seus gastos mensairs com a loteria?
- Eu sei... eu sei... – ele respondeu, lacônico. – Mas um dia você vai ver, um dia eu ganho!
Marta quase gritou “chega dessa conversa!”. Mas se controlou e respirou fundo. Desta vez precisava usar argumentos racionais.
De nada adianta, combater um vício com apelos emocionais.

- Sabe o que é, meu bem? Eu estive estudando e pesquisando nos últimos meses.

- Pesquisando? – ele fez a careta mais estranha dos trinta anos de casamento.

- É. Você sabia que a chance de alguém ganhar na Mega-sena é cerca de uma em cinqüenta milhões de apostas?

Ele deu de ombros.

- Querida, você está esquecendo uma coisa: toda semana eu jogo os mesmos números, 2, 5, 16, 25, 33 e 37. Mais dia, menos dia, esses números vão ser sorteados.

- Você está redondamente enganado. Segundo a matemática, a chance de saírem exatamente estes números é mínima, quase impossível.

- Por quê? Por que logo os meus números? O que você tem contra os meus numerozinhos? O que a matemática tem contra eles!

- Absolutamente nada. – Marta manteve a frieza. – Os seus números têm a mesma chance mínima de qualquer outra combinação de seis número. É matemática pura.

Ele já estava começando a ficar com medo da conversa. Não sabia conversar com a esposa naqueles termos. Será que ia terminar em pedido de divórcio?

- Seja direta. O que você está querendo me dizer?

Marta jogou os cabelos pra trás e abriu um sorriso compreensivo.

- Imagine uma coisa: você jogaria os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6?

- Claro que não. Vê se algum dia vai sair, 1, 2, 3, 4, 5, 6, em seqüência? Ia ser muita coincidência.

- Pois é isto o que eu estou querendo te mostrar. Essa seqüência tem exatamente a mesma chance de sair do que os seus queridos 2, 5, 16, 25, 33 e 37. O Vicente me explicou isso nos mínimos detalhes.

- Que Vicente é esse? Você quer divórcio?

- Calma, calma. Vicente é o professor de matemática que eu contratei pra me ajudar. Pode ficar tranqüilos ele, ele tem 21 anos.

- 21? Pirou!

- Ô, meu bem, deixa disso. Eu só escolhi o Vicente porque me garantiram que ele sabe tudo de estatística.

- Parabéns pra ele! Pode ligar pra esse cara e dizer que eu vou continuar jogando os mesmo números.

E não é que ela ligou mesmo?

- Vicente, é a Marta. Eu preciso de um favor seu. Repita para meu marido tudo o que você me explicou.

O marido pegou o fone com má vontade.

- Saiba de uma coisa, rapazinho!.. O quê?... Sei... sei... sei... jogando fora... sei... mendigos?... é mesmo?...

E desligou, vermelho sem graça

- O Vicente disse que estou jogando dinheiro fora!

- Eu não te disse? Agora você acredita?

- Pode ser. Mas sabe que esse rapaz me disse uma coisa bem interessante? – o marido começou a abrir um sorriso. – Ele já te falou da teoria dos mendigos?

- Mendigos? – ela estranhou. – Que história é essa?

- Segundo o Vicente, seria melhor eu pegar esse dinheiro da Mega-sena e entregar pros mendigos na rua. A chance de um deles ser um milionário disfarçado e me dar um milhão de reais é maior do que a chance de saírem os meus números. Interessante, não é?

Desde aquele dia, ele passou a sair de casa com o dinheiro da loteria e dar tudo de esmola para os mendigos no passeio público. Mas não todos os mendigos, evidentemente. Apenas o 2º, o 5º, o 16º, o 25º, o 33º, e o 37º mendigo que apareciam no caminho.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Duas vacas frígidas, digo, frívolas

Um dia Carlos Drummond de Andrade recebeu uma carta esculhambando seu trabalho como conista. Drummond assinou embaixo: respondeu que seus textos eram fúteis mesmo e que o jornal quando o convidou para ser cronista, sabia que ele seria incapaz de esclarecer qualquer problema, orientar leitores...


Se tem uma coisa que me mata de rir são as camisetas impressas. Eu prefiro as que não tentam ser filosóficas. A turma da Casseta Popular costumava vender umas camisas com frases hilárias do tipo, “Liberdade é passar a mão na bunda do guarda” ou “Vá ao teatro... ma não me chame” essas sim são divertidas.

A revista Rolling Stone é outra que trazia frases para que a gente pudesse escolher para imprimir nas camisetas. Mas o que me fez lembrar-se desse tema de tamanha relevância antropológica foi uma camiseta que eu vi na rua. O texto era assim.

Socialismo:
Você tem 2 vacas.O governo toma uma e da pro seu vizinho.

Comunismo:

Você tem 2 vacas.O governo toma as duas e te da o leite.

Facinismo:

Você tem 2 vacas.O governo toma as duas e te vende o leite.

Nazismo:

Você tem 2 vacas.O governo toma as duas e te da um tiro na cabeça

Capitalismo:

Você tem 2 vacas.Vende as duas e aplica o dinheiro.

Depois das risadas parei pra pensar no texto da camisa. A mensagem é neutra,

finge que esta gozando da cara de todo mundo, mas no fundo é um elogio disfarçado do capitalismo.Pela lógica da camiseta o único que se deu bem é o capitalismo.A frase do capitalismo seria muito mais verdade se fosse assim:

Capitalismo:

Você não tem 2 vacas.Quem tem é seu patrão.E, se bobear, ele vende as duas vacas,aplica o dinheiro e você vai pro olho da rua

Linda de morrer

O pai resolveu abrir uma funerária, tem muita gente morrendo. O filho se irritou com as piadinhas do pai. O pai não sabia falar a palavra empreendedorismo e o filho se irritava.O pai queria por o nome da funerária de “Funerária Vai com Deus”.E o pai fazendo gracinhas e a mãe dando gargalhadas e o filho ia se irritando.

E o pai tentou de novo falar empreendedorismo, mas a palavra não saia correta e o filho se irritando cada vez mais. O pai sugeriu outro nome, Funerária Sete Palmos e os dois não paravam de rir. O filho já estava calculando o prejuízo.

E o pai não parava. ”Funerária Ultimo Adeus: uma empresa linda de morrer”.A mãe já batia as mãos na mesa, de tanto rir.
E eles se lembravam de um slogan: ”Se não sabe quando, saiba onde”. Dessa vez o filho deu uma risadinha: é verdade. Engraçado, na época eu achei esse slogan muito bom. É claro que eu ainda não tinha conhecimentos de...

-Perdedorismo...


-Predadorismo...

O filho saiu batendo os pés, resmungando. Seu pai nunca iria dar conta daquelas palavras linda de morrer.

Comunicado aos condôminos

Viemos comunicar que no próximo dia 15 instalaremos em todas as cabeças o detector de vazamento de idéias cretinas.


O objetivo é preservar a tranqüilidade de todos, evitar a ocorrência de acidentes e fazer cumprir a Lei 2001, que dispõe a obrigatoriedade do uso do sensor de vazamento de cretinices.

Ao detectar qualquer tipo de idéia imbecil, o detector soltara um apito longo e agudo, avisando aos vizinhos e parentes mais próximos, sobre os riscos. Nossa sugestão e que todos instalem o aparelho junto à raiz dos cabelos.
Caso haja interesse, a Administração estará à disposição dos senhores para informá-los como conectar a empresa responsável pela instalação.
Se o Sr.morador já estiver instalado o detector ao ler este comunicado, por favor desconsidere o apito longo e agudo que esta ouvindo agora.

Um país se faz com sapatos e livros

O Pedro Bandeira estava num colégio muito caro e chique de São Paulo quando uma madame chegou e reclamou to preço dos livros. E o escritor olhou para os filhos dela que os dois estavam com tênis importado.


Então Pedro disse: ”não é o livro que e caro é a senhora que prefere investir no pé do que na cabeça de seus filhos.Felizmente eu estava calçando um mocassim preto, então pude aplaudir com mais entusiasmo a tirada do Pedro.
Tirada, alias, que me fez lembrar um caso divertido da minha infância. Eu e minha irmã estávamos entrando na adolescência e estudávamos num colégio de BH.

Um dia estávamos em casa quando a mãe de um colega da minha irmã tocou a campainha.Abrimos a janela e vimos a senhor chorando e começou a explicar que não dava conta dos seus serviçais, eles não paravam de brigar.E a senhora disse que não era esse o motivo da visita.O colégio tinha mandado os meninos lerem um livro e ela queria saber se minha irmã já tinha terminado para emprestar para o filho dela.Minha mãe era livreira,professora,escrevia resenhas para a imprensa e tinha uma biblioteca imensa,com alguns livros repetidos.

Então minha mãe não apenas emprestou como deu o livro para a mulher. A frase de Pedro Bandeira completa perfeitamente o caso, e vice-versa.

Pegadinha

O senhor Walter reclamou para a filha que ela não parava de mudar de canal e ela disse que o controle remoto havia disparado, o pai estava achando que ela estava escondendo alguma coisa dele.

Mas a filha não conseguiu esconder por muito tempo do pai e então disse para o pai que estava grávida, de sete semanas e o pai sentiu uma fincada no peito.
O pai falou para a filha que sabia que Paulinho, o namorado dela, não prestava. Desde o inicio ele estava tentando levá-la para a cama. E então o pai queria saber em que carro eles namoravam, ela respondeu que era no carro do namorado, pois o do pai era muito apertado e completou dizendo que quando usava o carro do pai eles iam ao motel e o pai entendeu por que comentavam no seu serviço que viram entrando num motel.
Depois a filha perguntou qual seria o medico do aborto e o pai sentiu mais uma pontada e a filha disse que queria acabar com a vida dela e do bebe e depois disso o pai desconfiou que era tudo uma pegadinha e perguntou onde estavam as câmeras, mas a filha disse que não era pegadinha e que não tinha câmeras.Então o pai disse : “Pois eu tenho uma surpresa para você, filha.”,e disse também, isso e mesmo uma pegadinha,do canal 5 falou para o pessoal aparecer e Paulinho também.

Paulinho disse ao senhor Walter que havia aceitado o trabalho do pessoal do canal 7, pois ofereceram mais grana e o pai descobriu que a filha estava realmente grávida.

Cleópatra não mora mais na rua dos cataventos

Essa historia conta que uma mulher entra em uma livraria, e acha uma prateleira com o livro com 200 paginas amareladas, capa dura marrom e começando a rasgar.

Depois de mexer meia hora nas estantes, não achou nada para levar. E o preço do livro de Mario Quintana era de R$ 8,00.

A mulher se queixou falando que aquele livro reunia as 5 primeiras histórias de Mario Quintana pois muito barato.

E passando a pagina, viu um assinado que era “Cleópatra Chagas”. E ficou pensando porque Cleópatra tinha vendido aquele livro.

E pensava se ela era muito ocupada, para não ler o livro e para vendê-lo.
E achava que Cleópatra era velha, pois nunca tinha visto um Cleópatra jovial, e estava beirando os 70. E que os críticos tinham falado para ela que Mario Quintana era de 3° categoria.
Vai ver que Cleópatra se encantou tanto com o livro que queria comprar todas as versões desse livro separadas.

Mas não ela preferiu vender esse. Enquanto eu pagava vinha em mente uma hipótese óbvia, que Cleópatra poderia estar morta (afinal já tinha se passado mais de 20 anos que tinha aquela assinatura).

Ai seus filhos não sabiam o que fazer com o livro, foram e venderam nesse sebo.

Chego em casa abro o livro e vejo outra assinatura de Cleópatra Chagas, e essa crônica foi dedicada a Cleópatra Chagas “a minha amiga desconhecida”.
Mas diz ela que não custa lembrar: “A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”.

Emoção do primeiro assalto

A historia conta de um homem que viu uma criança emocionada por ver e viver seu primeiro assalto.


Um casal com uma criança estava sentado em uma mesa e um pai e o seu filho na mesa ao lado. Estava tranqüilo até entrar dois ladrões com os rostos pintados e as vozes grossas, e dizerem que era um assalto, como se os dois tivessem combinado tudo antes de entrar.
Quando os ladrões saíram o menino da mesa ao lado começou a falar que estava emocionado de viver seu primeiro assalto.
E começou a falar sobre o assalto, que só tinha levado um real de seu pai e da moça ao lado também e seu pai ficou queto para não estragar a alegria do menino. Ele podia muito bem acabar com a alegria em apenas trés frases, que seriam: “Que aquilo não era um assalto de verdade, era apenas um assalto cultural; “Que os dois elementos eram atores e não ladrões”; “E que a pintura no rosto não era um disfarce, servia para ter mais emoção”.

Mas o pai preferiu ficar quieto, e não acabar com a alegria de seu filho.

Engolindo sapos

A história conta que um menino precisava saber sobre as musicas do sapo, para saber se era o mesmo sapo. A duvida dele era que se na musica sobre o sapo.

E decidiu investigar, se não descobrisse ele não iria almoçar, nem escovar seus dentes, nem calçar a sandália, nem ir para a escolinha, nem ficar nela, e nem voltar da escolinha.
Quando estava quase descobrindo se o sapo era o mesmo, Sofia então pediu para seu pai contar a historia do sapo, ai complicou tudo para o menino. Pois tinha uma historia no meio da investigação.
E o sapo pensava sobre a historia se algum dia a princesa o beijaria e ele virasse príncipe. Mas o sapo gostava de ser sapo e não queria virar humano, por isso que o sapo não lavava o pé, pois queria ficar sujo. Para não ser beijado pela princesa e não virar o príncipe.

E Sofia que era educada, para falar que a história não prestava, ela falou que estava com fome e iria almoçar.

E o menino ficou parado com os olhos arregalados feito o sapo jururu.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ai de Ti, Aída (ou o grito do independência)

Vídeo: Aída
Em meados de 1995, eu ganhei dois convites para assistir à montagem de Aída, no estádio independência, aqui em Beagá. Quando eu era criança, meus pais tinham uma coleção de discos de opera que eu ouvia sem parar. Os jornais informavam que a duração do espetáculo era de quatro horas, e minha mulher (na época, namorada) não estava muito disposta a encarar uma noite inteira no frio e no sereno. Então resolvi perguntar a dois amigos o que eles achavam do programa
O primeiro, musico, disse que não iria, já que Aída era uma das operas mais bregas de todos os tempos, um dramalhão. O outro, que não é musico mas, entende muito disse que considerava Aída uma obra – prima. Dei preferência a opinião do segundo amigo e minha esposa acabou topando.
Já na portaria a Vá falou que queria voltar para casa, para buscar uma blusa de frio. Retruquei que não ia dar tempo, a gente ia perder o primeiro ato, feito o Manuel de uma piada, depois que eu contei a piada, a Vá desistiu de ir embora.
Aída é uma grande opera, ou pelo menos uma opera grande: tem quatro atos e sete cenas. A cada intervalo, as luzes eram acesas, para o publico ir ao banheiro ou comprar algum coisa para comer nas barraquinhas.
Com o passar dos atos e dos intervalos, o frio aumentava cada vez mais e as cadeiras já não pareciam tão confortáveis assim.
No ultimo ato o locutor anunciou o maestro, mas, o maestro não apareceu e o publico aplaudindo cada vez mais e mais forte na esperança de o maestro aparecer, mas nada dele aparecer. Foi quando alguns começaram a ir embora, depois de vinte minutos sem o maestro foi quando alguém gritou:
- Vai sem maestro mesmo!
Foi quando todo o estádio começou a gargalhar.
Após algum tempo, depois do acontecido o maestro resolveu aparecer, e todos o aplaudiram com entusiasmo.

A Carona


O motorista do táxi estava nervoso. Achei melhor puxar conversa.
- Estou na maior encrenca, meu amigo. Semana passada eu dei carona para uma moça lá do bairro agora minha mulher que separar. Então perguntei:
- Separar por causa de uma simples carona?
E ele respondeu que aquela vizinha que ele tinha dado carona tinha fama de safada e já acabou com três casamentos lá no bairro dele. Quando ele terminou de fala o telefone dele toca Nessa hora tocou o celular dele. Era a esposa. e pelo que deu para ouvir, a dona estava furiosa.
Quando ele desligou e enxugou disfarçadamente uma lagrima, eu quis acreditar que ele realmente estava arrependido. Mas de que? De dar a carona?
Mas dar carona é um ato bastante curioso. Claro que pode ser um simples ato de ajuda, de companheirismo, de solidariedade. Mas, quando envolve um homem e uma mulher (especialmente uma mulher fatal), a carona pode ser muito mais.
Mas só oferecer a carona já foi ceder a tentação de cada vez que mudar de marcha se insinuar na direção das coxas dela, Nos cruzamentos, cada vez que olhar para a direita, para ver se vinha algum carro, ele tinha uma oportunidade de olhar, sem recato nem constrangimento, para aquela mulher bonita e sedutora.
E então cheguei ao meu destino, paguei a corrida, desejei boa sorte ao taxista e ele saiu devagar.

Cinco Hipóteses Sobre A Deficiência Áurea

Refugo do Cavalo do Rodrigo Pessoa
Na mesa do boteco, cinco amigos se reuniram para falar sobre o fiasco brasileiro nas olimpíadas de Sidney, de onde voltamos sem nenhuma medalha de ouro. Mas na verdade não eram cinco amigos, e sim cinco professores universitários. Não estavam no bar tomando cerveja, e sim na cantina, comendo biscoito de queijo com refri de maquina. E não estavam lá para discutir sobre as olimpíadas, e sim sobre um seminário de metodologia cientifica.
Mas a conversa desandou e foi para as olimpíadas. Foi quando cada um deles formulou uma hipótese sobre a nossa deficiência áurea nas olimpíadas.
1 – A hipótese psicológica – Nossos atletas revelaram total falta de amadurecimento e equilíbrio psicológico. Não confiaram em seu próprio potencial, ou confiaram em demasia.os chefes da delegação levaram "especialistas" em neurolinguística para preparar mentalmente nosso campeões. Mas esta hipótese não conseguiria explicar a mancada do cavalo de Rodrigo Pessoa.
2 – A hipótese midiológica – fomos todos vitimas da impressa. Nos últimos meses a mídia encheu tanto a bola dos atletas brasileiros que nos todos acreditamos que as chances de ganhas o ouro eram bem maiores do que na realidade. Mas ainda não explica o refugo do cavalo do Pessoa
3 – A hipótese farmacológica – Hoje em dia só chega em primeiro lugar o atleta que estive dopado até a medula. Alguns conseguem driblar os exames de sangue e se safam, levando o ouro para casa.
Mas o que isso tem a ver com o refugo do cavalo?
4 – A hipótese conspiratória – O Brasil é o celeiro do mundo, o pais do futuro, a Amazônia é o pulmão do mundo, nosso povo é mais criativo, nossos bosques tem mais vida, Deus é brasileiro, etc. portanto formou-se uma grande e silenciosa conspiração mundial para nos tirar a medalha de ouro.
Quando alguém lembrou o detalhe do cavalo, a resposta veio em cima:
- Vocês não percebem? O bolloubet du rouet, apesar de ser montador pelo Rodrigo Pessoa, é um cavalo europeu, e faz parte do esquema.
5 – A hipótese sóciopolítica - O fiasco brasileiro em sidney seria um reflexo da estrutura social e política do pais. Os Estados Unidos, o Japão, os países europeus, todos eles fazem um investimento constante e sistemático no esporte.
Além disso, num pais que respeita seus cidadoas, que garante acesso a educação, saúde, moradia, segurança, os atletas já chegam mais preparados e organizados ás competições internacionais. Mas e o cavalo alguém perguntou.
- Ora, ele simboliza um povo que esta de quatro.

A Gafe


O jovem casal saiu da aula de mãos dadas, se perguntando o que iam fazer nesse fim de tarde? Pegar um cinema, caminhar na praça, tomar sorvete, comer um sanduíche?
Na esquina havia um pivetinho decalco que cantarolava diante de um tabuleiro de frutas.
E então a namorada perguntou para o namorado se ele não havia falado que ele estava com fome, então ela falou q em vez de compra um sanduíche, ele comprasse uma fatia de melancia do garoto.
O garoto ofereceu uma laranja, então eles comprarão a laranja. Depois de comer a laranja o namorado falou que ainda estava com fome de sanduíche. A namorada se lembrou que mais para frente havia um trailer em que eles poderiam pedir um sanduíche, a rua estava escura e o dono do trailer aumentou o som do radio, que tocava musica de discoteca do final dos anos 70, a namorada queria dança mas o namorado não queria pois estava com vergonha, falou que se fosse uma musica lenta ele dançava e então o dono do trailer mudou a radio e caiu em um tango argentino. Então ele olhou para os lados para ver se não iam dar vexame em frente a muita gente, só viu umas luzes fracas dentro de um casebre antigo. Depois de um tempo dançando reparou no casebre que havia algumas pessoas, a namorada sorrindo mandou beijos e tchauzinhos, mas só havia uma coisa estranha naquela cena. O pessoal da casa não sorria, e estavam todos de preto. Então a namorada parou a dança e cochichou para o namorado que aquilo era um velório.
A gafe, pois é, a gafe.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Manual de desculpas esfarrapadas


Ao fazer uma enquete com outros professores, esse professor universitário fez uma lista das desculpas que os alunos mais usam para justificar uma tarefa não feita. Aí vão elas:
1- A culpa é de são pedro: Esqueci a janela aberta, veio a chuva e acabou com tudo!!!
2- A culpa é dos outros: Foi a Joana que não comprou a cartolina!
3- A culpa é do computador: O PC deu pau, entrou vírus e apagou tudo, a impressora ficou sem tinta...
4- A culpa é do excesso de trabalhos: Tava assim de trabalho pra fazer, os outros eram mais urgentes, fessor!!
5- Eu não sabia que era pra hoje: Só falta digitar, grampear, fazer a capa, revisar...
6- Eu não entendi direito o que era pra fazer: Geralmente vem acompanhada de uns parágrafos ilegíveis.
7- Minha avó morreu: Como avô e avó são só dois pares, morreram os quatro, ainda dá pra apelar pro gatinho, ou pro tio avô...
8- O supercolírio: A ser usada em casos extremos, quando as outras realmente não colam mais.
A isto ainda poderia continuar muito mais, mas apesar de tudo, sabemos que os alunos não são casos perdidos, só não têm plena noção de suas responsabilidades.
Difícil mesmo foi ter que ouvir o FHC dando cada uma dessas desculpas, no meio da crise de energia elétrica.
Ele começou jogando a culpa pra São Pedro, esquecendo que no Norte e no Sul a chuva foi abundante, faltaram mesmo eram transmissores.
Depois tentou empurrar o sapo elétrico para o Collor e pro Itamar.
"A culpa é do computador" surgiu com uma pequena variante: no lugar do comptador, foram as termelétricas, máquinas malvadas qe o deixaram na mão.
A culpa foi do excesso de trabalhos, já que a inflação deveria ser contida.
Talvez não soubesse o que era pra fazer, já que nem a ANEEL, nem o Ministério de Minas e Energia deram o aviso.
Ou ele não entendeu direito o que era pra fazer: num dia tinha multa, no outro bonificação, depois a multa voltava.
Apelar ara a morte da avó ou da bezerra pegava mal.
Tinha de confessar ao povo que pingara um supercolírio no olho, e ficara com a vista embaçada durante todo o mandato, ou entender que naquela história ele não devia ser o aluno e sim o professor.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Cruéis mitocôndrias

O personagem diz que não admitia ter que aprender o nome de bactérias, protozoários e fungos. Queria mesmo era uma explicação para o que seu coração estava sentindo.
Assim foi, até que decidiu que queria criar uma banda de rock: Giardia Lamblia e seus Vacúolos Contráteis. Achou uma utilidade para o que aprendeu.
Depois de muitos anos, cursando jornalismo, foi junto de dois amigos ao Museu da Inconfidência, e lá descobriu outra utilidade. Ao voltar, viram um menininho com medo de subir as escadas, então um dos amigos resolveu sacanear o garoto:
_ Não sobe não!- disse o amigo- Lá em cima ta cheio de mitocôndria!
_E isso morde?
_Morder não morde não, mas sintetiza ATP.
E o garoto saiu gritando. Só epois de muitos anos veria a baita sacanagem que fizeram com ele.

Fazendo fita


Além de o personagem estar atrasadissimo para a faculdade, o pai o manda jogar o lixo fora. Não dava, pois tinha que passar na locadora para devolver a fita de vídeo,mas o pai insistiu tanto que não teve jeito.
Ao descer ainda pensou: "Já pensou se eu jogo fora a fita e devolvo o lixo?"
Jogou o saquinho fora e foi para a locadora. Ao estacionar procurou a fita. Não achou. Procurou em tudo, até perceber o que acontecera: realmente jogara a fita fora, só que junto com o lixo. Ligou para seu pai, que depois de interfonar para o porteiro, descobrira que o caminhão de lixo já havia passado.
Ao voltar à locadora, não contou o que acontecera, resolveu inventar que seu carro tinha sido roubado. Perguntaram se os assaltantes machucaram-no, mas no fim, o veredito: teria que pagar 50 reais para repor a locadora, e o máximo que poderiam fazer era: "Passe em outras locadoras, talvez topem te vender mais barato".
Jogou o mesmo "miguelzão" nas outras locadoras, mas não colou. Então resolveu contar a verdade. A moça do balcão riu e vendeu a fita por 20 reais.

Biografia de Leo Cunha

1966 - Nasci em Bocaiúva (MG) em 5 de junho, filho de pai médico e mãe professora universitária.






1969 - Mudei com a família para Belo Horizonte, onde moro desde então.




1971 a 1976 - Cursei o jardim e o grupo (como era chamado o ensino até a 4a. série) no Instituto de Educação de BH. Gostava muito de fazer composições (como eram chamadas as redações, aliás, produções de texto)




1977 a 1983 - Cursei o ginásio e o científico (como era chamado o ensino da 5a. série do primeiro grau até o 3o. ano do segundo grau) no Colégio Pitágoras da Pampulha.




1984 - Terminado o 2. grau, não fiz o vestibular (como era chamado o Processo Seletivo para a Universidade). Fui morar um ano no Texas, como intercambista




1985 a 1987 - Cursei Economia, mas tive o bom senso de largar o curso pela metade.





1988 - Entrei para a Católica (como era chamada a PUC-MG), onde cursei Jornalismo (completado em 91) e Publicidade (completado em 93)





1990 - Comecei a namorar (como era chamado o ficar) com a Valéria, minha colega de PUC, com quem me casei em 1996.





1992 - Ganhei meus primeiros concursos literários (sobre prêmios e menções, leia a seção "Prêmios")




1993 - Lancei meu primeiro livro, "Pela Estrada Afora" (sobre meus livros, leia as seções "Livro a Livro" e "Listas)





1994 - Comecei minha Especialização em Literatura Infantil e Juvenil, na PUC, concluída em 96.





1996 - Comecei meu Mestrado na Faculdade de Biblioteconomia (como era chamada a Faculdade de Ciência da Informação), na UFMG. Concluí o mestrado em 1999.





1997 - Comecei a dar aula na FAFI-BH (como era chamado o atual UNI-BH), onde leciono até hoje, no curso de Jornalismo.





2000 - Nasceu minha filha Sofia, no dia 03 de janeiro. Quase foi a "bebê do milênio" (como seria chamada a primeira criança a nascer no ano 2000).




2003 - Assisti ao meu Cruzeiro ganhar a Tríplice Coroa (como foram chamados os campeonatos mineiro, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro).





2007 - Comecei meu doutorado em Cinema, na UFMG.





2008 - Nasceu meu filho André, no dia 20 de setembro.

(Retirado do site abaixo em 7 de agosto de 2009)
Site do Leo, acessem.