terça-feira, 11 de agosto de 2009

Manual de desculpas esfarrapadas


Ao fazer uma enquete com outros professores, esse professor universitário fez uma lista das desculpas que os alunos mais usam para justificar uma tarefa não feita. Aí vão elas:
1- A culpa é de são pedro: Esqueci a janela aberta, veio a chuva e acabou com tudo!!!
2- A culpa é dos outros: Foi a Joana que não comprou a cartolina!
3- A culpa é do computador: O PC deu pau, entrou vírus e apagou tudo, a impressora ficou sem tinta...
4- A culpa é do excesso de trabalhos: Tava assim de trabalho pra fazer, os outros eram mais urgentes, fessor!!
5- Eu não sabia que era pra hoje: Só falta digitar, grampear, fazer a capa, revisar...
6- Eu não entendi direito o que era pra fazer: Geralmente vem acompanhada de uns parágrafos ilegíveis.
7- Minha avó morreu: Como avô e avó são só dois pares, morreram os quatro, ainda dá pra apelar pro gatinho, ou pro tio avô...
8- O supercolírio: A ser usada em casos extremos, quando as outras realmente não colam mais.
A isto ainda poderia continuar muito mais, mas apesar de tudo, sabemos que os alunos não são casos perdidos, só não têm plena noção de suas responsabilidades.
Difícil mesmo foi ter que ouvir o FHC dando cada uma dessas desculpas, no meio da crise de energia elétrica.
Ele começou jogando a culpa pra São Pedro, esquecendo que no Norte e no Sul a chuva foi abundante, faltaram mesmo eram transmissores.
Depois tentou empurrar o sapo elétrico para o Collor e pro Itamar.
"A culpa é do computador" surgiu com uma pequena variante: no lugar do comptador, foram as termelétricas, máquinas malvadas qe o deixaram na mão.
A culpa foi do excesso de trabalhos, já que a inflação deveria ser contida.
Talvez não soubesse o que era pra fazer, já que nem a ANEEL, nem o Ministério de Minas e Energia deram o aviso.
Ou ele não entendeu direito o que era pra fazer: num dia tinha multa, no outro bonificação, depois a multa voltava.
Apelar ara a morte da avó ou da bezerra pegava mal.
Tinha de confessar ao povo que pingara um supercolírio no olho, e ficara com a vista embaçada durante todo o mandato, ou entender que naquela história ele não devia ser o aluno e sim o professor.

3 comentários:

  1. Ao começar a ler a história o leitor acha que é só mais uma história engraçada, mas conforme vai avançando na crônica percebe uma crítica feita de modo sutil à crise de energia elétrica que passmos durante o governo do FHC. Apesar das críticas Léo Cunha não perde o senso de humor, desmascarando-nos(alunos) e mostrando aos professores nossas desculpas que ensaiamos muito antes de dá-las, com a cara mais lavada do mundo.
    Valeu Léo!!!

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  2. muito bom o jeito q vcs retrataram o livro parabéns :D

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  3. Esse cara não conhecia a dilma e o lula ainda
    Kkk fora dilma

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