quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Cleópatra não mora mais na rua dos cataventos

Essa historia conta que uma mulher entra em uma livraria, e acha uma prateleira com o livro com 200 paginas amareladas, capa dura marrom e começando a rasgar.

Depois de mexer meia hora nas estantes, não achou nada para levar. E o preço do livro de Mario Quintana era de R$ 8,00.

A mulher se queixou falando que aquele livro reunia as 5 primeiras histórias de Mario Quintana pois muito barato.

E passando a pagina, viu um assinado que era “Cleópatra Chagas”. E ficou pensando porque Cleópatra tinha vendido aquele livro.

E pensava se ela era muito ocupada, para não ler o livro e para vendê-lo.
E achava que Cleópatra era velha, pois nunca tinha visto um Cleópatra jovial, e estava beirando os 70. E que os críticos tinham falado para ela que Mario Quintana era de 3° categoria.
Vai ver que Cleópatra se encantou tanto com o livro que queria comprar todas as versões desse livro separadas.

Mas não ela preferiu vender esse. Enquanto eu pagava vinha em mente uma hipótese óbvia, que Cleópatra poderia estar morta (afinal já tinha se passado mais de 20 anos que tinha aquela assinatura).

Ai seus filhos não sabiam o que fazer com o livro, foram e venderam nesse sebo.

Chego em casa abro o livro e vejo outra assinatura de Cleópatra Chagas, e essa crônica foi dedicada a Cleópatra Chagas “a minha amiga desconhecida”.
Mas diz ela que não custa lembrar: “A mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”.

Um comentário:

  1. Nesta crônica, o autor faz uma crítica a falta da leitura da poesia, e outra aos baixos preços e níveis aos quais nossos grandes escritores foram rebaixados, e ainda faz mais uma aos nossos horários apertados nos quais o tempo para a diversão e lazer são mínimos.

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